Entenda o que é Open Banking e como funciona
10 Maio 2024
O Open Banking (ou Banco Aberto, em português) é o novo sistema de operações bancárias que visa facilitar a vida financeira da população e diminuir toda a burocracia existente nesse meio. Sua premissa é simples: o/a consumidor/a é dono/a dos seus dados pessoais, e não o banco onde ele/a possui uma conta.
Provavelmente, você (ou algum conhecido) já passou por uma situação parecida com esta: precisar fazer um empréstimo em um banco onde não possuía uma conta e enfrentar uma burocracia enorme para isso e ainda ter o dinheiro negado.
Isso acontece pois os bancos nos quais possuímos contas são detentores de todos os nossos dados. Assim, ao tentar fazer uma transação em outra instituição, há uma burocracia muito maior, pois ela não tem acesso ao seu histórico financeiro.
Basicamente, o open banking, ou abertura bancária, pode oferecer às pessoas a oportunidade de decidir quem possui seus dados ou não.
Na prática, isso quer dizer que bastará você enviar uma solicitação para o banco onde não possui cadastro e ele pedirá seus dados para a instituição onde está sua conta de origem. Assim, seu banco irá confirmar com você se o pedido foi realmente feito e, com a sua confirmação, as informações serão mandadas para onde você deseja.
O conceito do open banking vai permitir que os/as clientes tenham acesso a seu próprio banco personalizado, já que eles/as poderão utilizar uma instituição para fazer transações, outra para guardar seu dinheiro, uma terceira para empréstimos e assim por diante.
Com o suporte da tecnologia, será possível escolher bancos com taxas mais vantajosas e com mais benefícios.
Como será implementado o open banking?
A oferta do open banking vai ser possível através de API’s (application programming interface) que, em português, significa Interface de Programação de Aplicativos. É esse sistema que permite a interação entre aplicativos e que será usado pelos bancos na troca de dados.
As API’s não são uma novidade na nossa sociedade. Aplicativos como o Uber, por exemplo, usam essas aplicações para interagir com os mapas do Google Maps e navegar e visualizar as rotas em seus bancos de dados.
Mas calma, suas informações não serão espalhadas por aí igual a notícia ruim. Pelo contrário, tudo será feito com segurança e com a sua devida autorização.
Além dessa troca de dados só acontecer com o seu consentimento, aqui no Brasil a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) permite que o indivíduo pare de compartilhar seus dados quando quiser.
Apesar de vários países, como Austrália, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos, já terem sistemas parecidos com o Open Banking, aqui no Brasil nosso banco aberto vai funcionar com algumas regras que garantirão a segurança dos/as usuários/as e das instituições financeiras, tudo seguindo a LGPD.
Por exemplo, além da permissão do/a consumidor/a para que os dados sejam trocados, instituições não cadastradas e regulamentadas pelo Banco Central (BC) não poderão participar do Open Banking, bloqueando o acesso delas às informações dos/as clientes que participarem do processo de abertura bancária.
Esse sistema está sendo implementado em nosso país em quatro fases. Vale ressaltar que, mesmo com a permissão do/a cliente, os bancos só terão acesso aos dados durante 12 meses, depois a licença deverá ser renovada.
Portanto, a segurança e as vantagens ao consumidor serão garantidas no Open Banking brasileiro.
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Gerson Souza: Especialista em plataformas digitais e resultados escaláveis, CEO Cinética.